quinta-feira, 22 de julho de 2010

The Farewell Song



From the highest mountain to the bottomless pit
Your words feel like razors with poisonous spit
Needless to say, you’ve broken my will
The finger’s on the trigger, in my mouth taste of steel

Let me go, don’t say no
I’m going on the one way ticket ride
Let me go, you say it isn’t so
But Your speech comes from a world I deny

From the darkest of nights to the brightest day
My mind pull the strings but my body won’t obey
I look inside, God, where’s my soul?
I’m dry like the desert, my heart turned to coal


How dare you pointing me a finger
I won’t hesitate I’m not gonna linger
This is goodbye, so long, farewell
I can’t stand another day in this hell.

Let me go, don’t say no
I’m going on the one way ticket ride
Let me go, don't say no
Your speech comes from a world I deny.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

The king of the beats


"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing, but burn, burn, burn, like fabulous yellow Roman candles exploding like spiders across the stars.."



Jack Kerouac

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Indiferenças da rotina

Por vezes sou tanto de mim
como de outra coisa qualquer,
Já não sou eu, não me sinto.
Sou indiferença camuflada,
que de tanto querer ser,
acabo por não ser nada...

*

Sinto-me fosco, desumano.
Indolor o que me toca.
Esquecido vagueio e ignoro.
Nada me afecta, sobressaio.
Fundido entre as gentes lamacentas,
entorpecidas pela vida que as rege.
Fujo ao sabor da saudade, amargo, doce, tirano!
Afogo-me num mar de costumes.
Desapareço entre as ondas da rotina.
Maré vai, maré vem...
Se me conheço, não existo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Temendo viver

Quantas vezes traçamos os nossos caminhos por onde não nos podemos perder?
Quantas não somos mais que fantoches suspensos por fios, no guião que seguimos à risca sem perceber?
Trazemos connosco o destino imutável de uma força superior que não nos permite falhar. E em tudo o que somos não somos mais que o espasmo de um dedo mindinho a girar.
Vencemos guerras temendo falhar se não formos aquilo que ensaiam em nós.
E somos assim nada mais que rebeldes sem causa e sem timbre na voz.
Roendo, de inveja, um osso que, em partes distintas, nos cedem condescendente, criamos à nossa imagem retalhos de vida, fingindo ser realmente.
Paramos quando não queremos e somos forçados a ver.
Não passamos de meros dejectos que bóiam no fim deste rio a correr.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

bounded

Voices from under are trimbling in my head.
They say "look around, try to find what isn't there".
With eyes closed and mouth shuted,
I'm earing the steps I've made,
under a wide sky of excuses,
I reflect a silver shade...
"What goes around comes around" they say!
Without a clue I block their way.
Faking braveness filed with defeat
I fight for some kind of delay...
Maybe you won't ever realise
that those sights in front my eyes
are just what you want for me
bluring things I want to see.
They bring us pain, they bring us death,
they speak the truth
and steal my breath.
Sometimes I look and find no way
Feeling the presure to obey
And in the end I might be down
With heavy frown and most unkind
I've paied my fee,
Release my mind!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

sem rede

Pergunto porquê, contudo, na verdade, quem sabe?
Pergunto-me sim, pergunto.
E sabem la, que eu la sei.
Nem eu sei.
Não se iludam,
não se deixem iludir.
Regras?
Tem-nas telemóveis que tocam e chamam por quem não os quer atender.
Alarmes da existência, que vibram a seu bel-prazer.
Pena é que não o são, de qualquer forma, como poderiam?
Condicionamentos viscerais, ignobeis e banais a trepidar.
De ouvir, de outra coisa ou que não nos diga nada, só por não falar.