quinta-feira, 20 de maio de 2010

Indiferenças da rotina

Por vezes sou tanto de mim
como de outra coisa qualquer,
Já não sou eu, não me sinto.
Sou indiferença camuflada,
que de tanto querer ser,
acabo por não ser nada...

*

Sinto-me fosco, desumano.
Indolor o que me toca.
Esquecido vagueio e ignoro.
Nada me afecta, sobressaio.
Fundido entre as gentes lamacentas,
entorpecidas pela vida que as rege.
Fujo ao sabor da saudade, amargo, doce, tirano!
Afogo-me num mar de costumes.
Desapareço entre as ondas da rotina.
Maré vai, maré vem...
Se me conheço, não existo!

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