Quanto mais gastas, mais confortáveis são de usar.
É claro que não podemos negar a beleza que irradia um bom par de palavras novas,
Que como tudo o que é novo nos desperta algum fascínio e admiração.
No entanto é naquelas coisas que já conhecemos que depositamos a confiança.
Não tento com isto indagar o valor das coisas que quer novas ou velhas tem com certeza os seus próprios atributos
Mas é com conhecimento de causa que me deparo com o verdadeiro paradigma,
A mudança.
Vejo-a acontecer muitas vezes debaixo dos nossos olhos sem sequer me aperceber
sim, porque olhar não é saber.
E mesmo os mais atentos não conseguem determinar com precisão, quando algo começa a mudar.
Ainda que possamos apontar algo que se tornou em outro algo,
A mudança, essa, permanece uma incógnita.
Nunca pensei existirem coisas imutáveis,
Como dizia o outro, “…tudo se transforma”,
E agora que penso nisso talvez a única que não mude seja a própria mudança em si
Existe num perpétuo estado de redundância a velocidades diferentes com uma relatividade que não é sua.
No final somos o começo de um final que ainda agora começou na intemporalidade do mutável...