quarta-feira, 28 de abril de 2010

Temendo viver

Quantas vezes traçamos os nossos caminhos por onde não nos podemos perder?
Quantas não somos mais que fantoches suspensos por fios, no guião que seguimos à risca sem perceber?
Trazemos connosco o destino imutável de uma força superior que não nos permite falhar. E em tudo o que somos não somos mais que o espasmo de um dedo mindinho a girar.
Vencemos guerras temendo falhar se não formos aquilo que ensaiam em nós.
E somos assim nada mais que rebeldes sem causa e sem timbre na voz.
Roendo, de inveja, um osso que, em partes distintas, nos cedem condescendente, criamos à nossa imagem retalhos de vida, fingindo ser realmente.
Paramos quando não queremos e somos forçados a ver.
Não passamos de meros dejectos que bóiam no fim deste rio a correr.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

bounded

Voices from under are trimbling in my head.
They say "look around, try to find what isn't there".
With eyes closed and mouth shuted,
I'm earing the steps I've made,
under a wide sky of excuses,
I reflect a silver shade...
"What goes around comes around" they say!
Without a clue I block their way.
Faking braveness filed with defeat
I fight for some kind of delay...
Maybe you won't ever realise
that those sights in front my eyes
are just what you want for me
bluring things I want to see.
They bring us pain, they bring us death,
they speak the truth
and steal my breath.
Sometimes I look and find no way
Feeling the presure to obey
And in the end I might be down
With heavy frown and most unkind
I've paied my fee,
Release my mind!...